O incerto lugar da Psicologia na Educação
Julio Groppa Aquino
· O Discurso Psi: a utilização da Psicologia por parte dos profissionais da educação para justificar o fracasso de uma parcela do alunado.
· A Sociologização do Cotidiano: discurso usado para justificar porque a escola não funciona a contento.
· Compreender o ato pedagógico por meio da plasticidade do olhar do artista – como se fosse a primeira vez, sempre.
· A tentativa de clinicalizar o mundo.
· Existem Psicologias – trata-se de um campo de lutas, divergências, dissonâncias conceituais e metodológicas.
· A Psicologização do Cotidiano: discurso realizado por gente que queria estar na clínica e que traz para as práticas educativas uma espécie de afã “Clinicalizante”.
· O discurso das Humanidades deve estar presente no currículo em igual proporção ao discurso das artes e o das ciências.
· É preciso “despsicologizar” o mundo, desmistificando as palavras de ordem que governam uma subjetividade melancólica, inimiga do bem viver. Palavras de ordem amargas e ocas que pregam como devemos ser felizes. Felizes pra quê?
· A psicologia nunca é convocada a explicar o sucesso escolar. Este é sempre pedagógico; já o fracasso é inapelavelmente psicológico.
· Pensar no trabalho pedagógico de uma forma cada vez mais minimalista. “Por que alçar a um super saber sobre o antes e o fora, e ignorar os mistérios do aqui e do agora?”.
· A sala de aula não é problema, mas solução.
Como vai a Educação Brasileira?
Otaviano Helene / Lighia B. Horodynski-Matsushigue
· No universo dos 65 países que participaram da mais recente versão do Pisa, o Brasil ocupa o 53° lugar em compreensão da leitura e em Ciências, e o 57° em Matemática à frente apenas de países com muito menor expressão no cenário mundial.
· Um aspecto perverso em nosso sistema escolar é a concentração da renda e a desigualdade social.
· A desvalorização dos professores é outro ponto muito importante neste quadro. Dados do IBGE apontam que professores com nível superior e que atuam na educação fundamental pública no Brasil, recebem pouco mais que a metade do que recebem os demais trabalhadores com o mesmo nível de formação escola.
· Vale destacar também a falta de investimento dos governos em educação.
Paradoxo Nativo
Vladimir Safatle
· A solução dos problemas educacionais brasileiros, pedem uma combinação de “Políticas de Longo Prazo” e ”Investimentos Maciços.”
· A necessidade da existência de um corpo de professores altamente qualificado e motivado.
· Um sistema unificado de controle da qualidade do ensino.
· Escolas em tempo integral.
Para onde vai a educação?
Jean Piaget
A. O Ensino das Ciências
· A necessidade de uma revisão dos métodos de ensino;
· O papel do ensino pré-escolar, o significado real dos métodos ativos, a utilização dos conhecimentos psicológicos adquiridos acerca do desenvolvimento da criança e do adolescente e o caráter interdisciplinar.
· As supostas aptidões diferenciadas dos “bons alunos” em Matemática ou Física etc., em igual nível de inteligência , consistem principalmente na sua capacidade adaptação ao tipo de ensino que lhes é fornecido.
· Os Métodos Ativos , conferindo-se especial relevo à pesquisa espontânea da criança ou do adolescente e exigindo-se que toda verdade a ser adquirida seja reinventada pelo aluno, ou pelo menos reconstruída e não simplesmente transmitida.
· Compreender é inventar, ou reconstruir através da reinvenção.
B. Questões de Ordem Geral
· Do ponto de vista teórico, a Psicologia, considerada como ciência do homem, está permanentemente ligada à Biologia e à Psicologia Animal ou Etologia (Zoológica), enquanto que a Matemática, situada juntamente com as Ciências Naturais, constitui um dos produtos mais diretos do espírito humano.
· Do ponto de vista pedagógico, é evidente que a educação se deverá orientar para uma redução geral das barreiras ou para a abertura de múltiplas portas laterais a fim de possibilitar aos alunos a livre transferência de uma seção para a outra, com possibilidade de escolha para múltiplas combinações.
· A frágil posição da Filosofia decorre do fato de que, após ter visto separar-se dela a Lógica, a Psicologia e a Socioligia, ela assiste hoje em dia à elaboração de epistemologias matemáticas, físicas e psicogenéticas (etc), cuja reunião, isso é fácil de prever, haverá de constituir a epistemologia de amanhã.
· A preparação dos Professores constitui a questão primordial de todas as reformas pedagógicas – a valorização do corpo docente, formação moral e intelectual dos docentes, a preparação universitária completa etc.
· União estreita do ensino e da pesquisa
· Pesquisas de grupo dirigidas não apenas por um único professor, mas por representantes de especialidades complementares, trabalhando em constante cooperação.
