Reflexão
Conhecer cada vez mais metodologias de
ensino de música é muito importante para ampliar nosso repertório de
possibilidades e opções para se trabalhar, porém mais do que adquirir
conhecimento, poder experimentar e vivenciar uma metodologia torna sua prática
muito mais embasada e rica.
Neste aspecto, a oficina “Didática da
Prática Instrumental Orff” foi muito produtiva, pois vivenciamos todos os
processos, desde a questão corporal presente na filosofia de Orff, quanto na
preparação para a prática instrumental (postura e exercícios com as baquetas,
arranjos, criação e improviso). Vale ressaltar que é só da experimentação que
podem surgir dúvidas que muitas vezes serão as mesmas encontradas pelos nossos alunos
no momento em que eles estiverem realizando a atividade, e o fato de já termos
estado no lugar deles nos dá muito mais propriedade para orientá-los. Ainda na
questão instrumental, é interessante observar a forma “modular” e flexível dos
instrumentos. Poder tirar as teclas que não serão usadas facilita muito o
trabalho com as crianças, o que torna a prática muito mais produtiva. A
simplicidade dos arranjos também é outra coisa bem didática e ao mesmo tempo
bem musical.
A proposta de Orff é muito bem estruturada
e pode servir como base para a prática instrumental, bem como para o trabalho
de musicalização. Acho uma pena que o Brasil ainda esteja “engatinhando” em
relação à Educação Musical, pois se fosse creditado à música o devido valor e a
importância que ela merece, cada escola teria um Kit de instrumentos Orff para
os professores de Música. De qualquer forma, cabe a nós professores, educadores
e fomentadores da música, difundir e divulgar cada vez mais metodologias,
propostas e um trabalho de educação musical de qualidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário