Percussão Corporal

PLANO DE AULA – Percussão Corporal

PROPOSTA: Aula de Percussão Corporal para alunos do 5° ano do Ensino Fundamental.

OBJETIVO: Trabalhar a exploração sonora, noção de ritmo (pulso, divisão e subdivisão), coordenação motora, concentração, repertório, etc.

INÍCIO/PREPARAÇÃO: A aula é iniciada formando-se um círculo com os alunos em pé para realização de alongamento e aquecimento, lembrando a eles que o instrumento, neste caso, é o próprio corpo.

CONCENTRAÇÃO: Para manter o grupo focado e concentrado, uma opção muito interessante é a dinâmica da “flecha”. Ainda em roda, um aluno inicia a flecha, batendo uma palma na direção de um colega e principalmente com o olhar e toda a expressão corporal direcionadas a ele, que deve “passar” a flecha para o outro e assim por diante. Isto pode ser realizado de forma livre, porém o próximo passo pode ser introduzir o conceito de pulso, tempo e contratempo tornando a atividade mais musical.

EXPLORAÇÃO: Em seguida, os alunos irão explorar os diferentes sons que podem ser extraídos do corpo; cada som é apresentado em separado, podendo ser classificados em graves, médios e agudos. Também podemos dividir pela forma como o som é produzido, neste caso podemos ter: Sons realizados com a batida das mãos contra o corpo, tipos de palmas, estalos, sons feitos com a boca (tipo beat Box), com os pés, etc. Acho interessante que os alunos executem algumas rodadas para ouvir tanto o coletivo como individualmente a qualidade dos sons apresentados. Assim, aos poucos, os alunos vão conhecendo e se familiarizando com os timbres e sons de mãos, boca,  sopro, pés, etc.

RITMO/GÊNEROS: Neste momento da aula podemos apresentar alguns ritmos para exemplificar e colocar em prática o que pode ser feito com tudo o que aprenderam até aqui. Gosto de iniciar com um ritmo POP que parece estar no “inconsciente coletivo” do ser humano. O ritmo consiste em: Peito / estalo / palma / estalo e é rapidamente conhecido pelos alunos como “A Música do Michael Jackson”, quando realizado num certo andamento. Depois podemos fazer pequenas variações deste ritmo acrescentando sons ou trabalhar outros gêneros.

CONCLUSÃO: Para uma aula que tem entre 45 e 50 minutos acho que o que foi descrito acima já o suficiente, porém, entendo que as possibilidades de trabalho com a percussão corporal vão muito mais além. Não mencionei aqui os exercícios de independência de mãos e pés, nem atividades com improviso, mas à medida que vamos trabalhando e o grupo vai tendo mais intimidade com esta linguagem, sei que posso inserir mais atividades e buscar mais excelência no trabalho.

Tenho tido experiências muito interessantes e muito gratificantes, pois tenho usado a percussão corporal no meu trabalho com alunos de várias idades desde que fiz o curso com os Barbatuques em 2008, onde me identifiquei muito com esta linguagem e posso dizer o mesmo em relação aos alunos, pois onde plantei a semente da Percussão Corporal, tive como resultado uma verdadeira “febre” que se espalhou e contagiou a todos.